Governo
apresenta documento estratégico com aspirações do povo guineense, diz SEPIR
Bissau,
10 Mar 15 (ANG) – O Secretário de Estado do Plano e Integração Regional (SEPIR)
informou este fim-de-semana que o governo vai apresentar um Documento
Estratégico com as aspirações do povo guineense aos doadores na Mesa Redonda de
Bruxelas do próximo dia 25.
Em
entrevista aos órgãos de comunicação social, em jeito de balanço dos preparativos
para a Mesa Redonda, Degol Mendes explicou que o referido documento é resultado
de um trabalho conjunto entre governo, sociedade civil e o sector privado,
visando atender os anseios sociedade guineense em geral.
"O
retiro que foi realizado em Canchungo tem como objectivo partilhar a nova visão
do país com os parceiros internacionais e esta inclusão vai facilitar a
implementação das estratégias”, esclareceu o SEPIR.
Degol
Mendes informou que a Mesa Redonda é um processo que, por si so, não vai
resolver todos os problemas do pais, mas, no entanto, vai permitir o governo
saber se a comunidade internacional concorda com as suas estratégias para um
desenvolvimento sustentável.
Isso
por que, segundo aquele governante, o executivo quer acabar com o ciclo vicioso
de instabilidade, da falta de crescimento económico e do aumento da pobreza.
Assim,
explicou o SEPIR, o governo adoptou uma estratégia com 4 eixos com prioridades
partilhadas e que serão depois traduzidos num plano operacional a ser
implementada até 2025.
“Até aquela data, o governo deseja e espera
ter uma Guiné-Bissau positiva e sem resignação”, desejou adiantando que para
tal é preciso estabilidade política, boa governação e o desenvolvimento
inclusivo, assim como a preservação da biodiversidade.
Acrescentou
que o executivo
adoptou três etapas de governação que são, a denominada “Pá terra Rança”, referente
a formação de um governo inclusivo, o que aconteceu em 2014, a
intitulada “Terra Rança” ja este ano, para criar condições ou seja fundos para
um crescimento acelerado que tem a ver com a boa governação, a construção de
infra-estruturas, desenvolvimento humano e urbano e agro-indústria.
Estes
são factores que, segundo Degol Mendes, irão permitir dizer em 2025 que “Sol na
Iarde”, concluiu.
Interrogado
sobre os projectos, Degol Mendes respondeu que foram seleccionados aqueles que
vão ter efeitos imediatos junto das populações guineenses depois da sua
execução para credibilizar ainda mais o governo perante a comunidade
internacional.
Disse
que, por isso o executivo periodizou os projectos dos sectores da saúde,
educação, agricultura e a comunicação social.
Em
relação ao sector privado, Degol Mendes advertiu ser necessário criar condições
para que esta área possa desenvolver. “Porque é vantajoso, se for os nacionais
a crescerem, o progresso será inclusivo”, referiu lembrando que para tal é
preciso remover os obstáculos, os quais não especificou.
"A
Mesa Redonda é importante, mas o mais importante é como fazer depois para que
as promessas sejam cumpridas. Por isso o governo preparou uma ficha em que cada
parceiro deve assinar indicando a área em que o seu apoio devera ser implementado”.
Interrogado
sobre a biodiversidade disse que o país possui recursos únicos nesta área e que
é necessário “vende-los” ao mundo.
ANG/LPG/JAM
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