Exigida
demissão da Ministra da Educação e do Secretário de Estado do Ensino Superior
Bissau, 17 Mar 15 (ANG) – Os
Estudantes da Universidade Lusófona da Guiné (ULG) exigiram segunda-feira numa
marcha de protesto a demissão da ministra da Educação Nacional, Maria Odete
Costa Semedo, assim como do actual Secretário de Estado do Ensino, Superior,
Fernando Dias.
A razão desta exigência
prende-se com a suspensão nesta universidade dos cursos de Engenharia Informática,
Direito e Enfermagem Superior, por decisão do Ministério da Educação, e sob
alegação de a ULG não reunir condições para administrar os referidos cursos.
Segundo alegações do
Ministério da Educação em causa estão as faltas de laboratórios e bibliotecas e
de salas equipadas com computadores com acesso a internet.
Os marchantes passaram pela sede
do governo à Assembleia Nacional da República e por último, terminaram a marcha
na Presidência da República, onde onze deles foram atendidos pelo porta-voz da
Presidência, Fernando Mendonça e pela Conselheira do Presidente da República,
Maria Adiato Djalo Nandigna.
A saída da audiência, o presidente da
Associação dos Estudantes da Universidade Lusófona da Guiné (ULG) Júlio Biague,
lamentou o facto de não ter sido possível falar com o próprio Presidente da
Republica, José Mário Vaz, por este se encontrar na altura ocupado.
“ Mas ele delegou o seu Porta-voz
e a sua Conselheira para atenderem a nossa preocupação”, disse Júlio Biague.
Biague disse que entregaram na presidência
três questões nomeadamente a revogação do despacho que determinou a suspensão
dos três cursos, a exoneração da Ministra da Educação Nacional, Maria Odete
Costa Semedo e do Secretario de Estado do Ensino Superior, Fernando Dias, por
ultimo o respeito pela dignidade dos estudantes da ULG e seus quadros.
“ Em resposta, os dois delegados
disseram-nos que as nossas preocupações serão transmitidas ao Presidente da
República”, disse.
De acordo com este estudante
Universitário, caso não haver nenhuma reacção por parte do governo, as marchas
de protestos vão prosseguir até que as suas reivindicações fossem atendidas.
No termo de uma alegada inspecção
às instituições de formação superior, O Ministério da Educação Nacional mandou
encerrar algumas instituições por não preencherem os requisitos exigidos para
administração dos cursos que leccionam. Na lusófona três cursos foram suspensos
mas a direcção e os alunos desta universidade não concordam com a medida.
ANG/LLA/SG
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