quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Comunicação social


“É uma tristeza a situação em que se encontra os órgãos públicos de comunicação social”, diz  Presidente da República

Bissau,02 Out 19(ANG) – O Presidente da República cessante José Mário Vaz qualificou de “triste e milagrosa” a situação em que se encontram os órgãos de comunicação social públicos do país.

“O que tenho constatado é um milagre por parte dos trabalhadores dos referidos órgãos de comunicação social públicos, desde a Agência de Notícias da Guiné, Jornal Nô Pintcha, Rádio Difusão Nacional e a Televisão da Guiné-Bissau”, lamentou o Presidente da República em declarações à imprensa após a visita que efectuou hoje aos referidos órgãos.
José Mário Vaz sustentou que tinha dito e irá continuar a dizer que o dinheiro de Estado deve ir para os cofres de Estado.

“Aqui na Televisão é uma vergonha. Por causa de trinta milhões de francos CFA, o interior do país não pode ter acesso às informações do país. Casas por pintar, entre outras necessidades”, criticou, acrescentando que os funcionários de Estado devem ser pagos pelas receitas do Estado.

José Mário Vaz voltou a questionar do paradeiros dos dinheiros das  Contribuições e Impostos, da Direcção Geral das Alfandegas, Fundos Autónimos, de Compensação das Pescas.

“Eu quero saber onde estão esses dinheiros. O que nós vimos na nossa comunicação social públicos é triste. Não têm condições mínimas para trabalharem e quero exigir dos jornalistas a resolução desses problemas”, questionou.

O Presidente da República disse desconhecer que os jornalistas igualmente estão com muitos meses de salários em atraso, ou seja alguns com cerca de sete meses.

“Há dias falei e vou continuar a dizer. Eu quero saber onde estão os 10 mil milhões de francos CFA provenientes da emissão de títulos de tesouro. E muito brevemente mais 10 mil milhões de francos CFA serão emitidos. É triste o que estamos a assistir hoje em dia na Guiné-Bissau”, contestou.

José Mário Vaz sublinhou que os jornalistas não estão sendo pagos, salientando que certamente que não vão estar na altura de prestar um serviço de qualidade ao país.

“Todos se queixam que não recebem, as condições de trabalho são das piores. Devo dizer que eu saio bastante triste da visita que efectuei aos órgãos públicos de comunicação social”, disse.

O Presidente da República disse esperar que se meta  as mãos na consciência para olhar para o país, acrescentando que “ninguém pode vir fazer e construir a Guiné-Bissau senão os seus próprios filhos”. ANG/AC//SG

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