União Africana pede apoio urgente à luta
contra terrorismo
Bissau, 03 out 19 (ANG) - O
presidente da Comissão da União Africana defendeu hoje que os ataques do início
da semana no Mali evidenciam a "urgência" de um "apoio forte e
eficaz" da comunidade internacional aos esforços regionais de luta contra
o terrorismo, noticiou a Lusa.
"Estes atentados recordam a
necessidade urgente de um apoio forte e eficaz da comunidade internacional aos
esforços dos países da região para combater o terrorismo", defendeu, em
comunicado, Moussa Faki Mahamat.
Ataques a duas bases militares no centro
do Mali mataram pelo menos 40 pessoas, incluindo 25 membros das Forças Armadas
do Mali, segundo as autoridades locais.
Cerca de sessenta soldados continuam
desaparecidos na sequência dos atentados, que ainda não foram reivindicados.
Os ataques ocorreram de forma simultânea
em dois campos de militares, em Boulekessi e Mondoro, na noite de domingo para
segunda-feira, e eram destinados não apenas às forças armadas malianas, mas
também à força militar conjunta do G5-Sahel.
Moussa Faki Mahamat condenou
"firmemente os ataques terroristas" contra as forças malianas e o
batalhão da força do G5 Sahel, endereçando condolências às famílias dos
soldados mortos e desejos de rápidas melhoras aos feridos.
"Renovo a inteira solidariedade da
União Africana ao Governo maliano e aos países que contribuem com tropas para a
força G5 Sahel.
A força conjunta G5-Sahel é composta por
cerca de 5.000 militares de cinco países da região Mali, Níger, Burkina
Faso, Tchade, Mauritânia e, além da falta de material, enfrenta dificuldades
financeiras, embora beneficie do apoio de França.
A missão de paz da ONU no Mali, MINUSMA,
reúne cerca de 15.000 militares e polícias, cujo objectivo não passa pelo
combate à luta contra grupos “jihadistas”.
Os ataques terroristas afectam o Mali
desde 2012, na sequência de um golpe de Estado, que deixou o controlo do norte
do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células
terroristas.
A acção dos ‘jihadistas’ foi muito
limitada em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela
França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no norte e no centro, escapam
ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas. ANG/Angop
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