"Actual momento político facilita acção do PAIGC
" diz Domingos Simões Pereira
Bissau,
04 Nov 19 (ANG)- O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo-Verde (PAIGC) à eleições presidenciais, Domingos Simões Pereira,disse que o
actual momento político facilita a acção
do seu partido, porque é herdeiro dum pensamento político, pensamento de Amílcar Cabral.
Simões
Pereira que falava domingo num comício
de campanha eleitoral para as eleições presidenciais disse que, quem
quer herdar Amílcar Cabral tem que falar só numa coisa, aquilo que Cabral
ensinou: unidade nacional, unidade de todos as cores, religiões, da raça e de
todas as diferenças que existem na Guiné-Bissau, porque isso é que “faz as
pessoas serem guineenses”.
"Cabral
dizia que para lutar temos que unir, mas quando estamos unidos temos que ter
desafios e ser capazes de saber quais são os desafios que vamos enfrentar, não é enfrentar um desafio onde
uns vão juntar para serem melhor que outro", disse Simões Pereira.
Para o candidato
dos Libertadores, uma das primeiras responsabilidades que um presidente deve
assumir é a capacidade de saber inclinar perante aqueles que deram a liberdade e sacrificaram suas
juventudes para hoje os guineenses terem um nome, uma bandeira e uma
nacionalidade.
O segundo
elemento mais importante que deve ocupar
agenda dum presidente da república é combater a desigualdade: “um país não pode
ir para frente quando existe um grupo que tem oportunidades e outros que se
sentem marginalizados”.
“Quem
governa é governo, quem legisla é assembleia, quem faz a justiça é o supremo
tribunal e os tribunais sectoriais, mas o Presidente da República tem que prestar
atenção, caso um grupo está sendo marginalizado, porque todos são filhos da
Guiné-Bissau e têm os mesmos direitos e oportunidades”,afirmou.
Domingos Simões
Pereira disse que hoje tem que se
reconhecer que a sociedade guineense é muito desigual, onde as oportunidades
não chegam para todos da mesma forma e que o presidente da república tem que
ter ousadia de dizer que as crianças antes de atingirem 6 anos de idade
precisam da protecção.
Para Simões
Pereira deve existir leis e o presidente da república tem que ter a coragem de falar com a Assembleia Nacional
Popular para criar uma legislação que protege as crianças antes de atingirem seis
anos de idade, “porque quando um criança
morre nas mãos da mãe, não pode ser considerado só problema dos seus pais, mas
sim da sociedade”.
Para o
candidato apoiado pelo PAIGC, a sociedade guineense continua a ser muito
desigual porque as mulheres não têm as mesmo oportunidades que os homens.
ANG/MI/LPG//SG
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