Baciro Djá defende novo comando na Presidência
da República
Bissau,05 Nov 19(ANG) - O
presidente do partido Frente Patriótica para Salvação Nacional (FREPASNA),
Baciro Djá, disse segunda-feira que é
urgente novo comando na Presidência da República , porque a atual liderança de
José Mário Vaz não está a corresponder aos anseios do povo.
O antigo primeiro-ministro responsabilizou o povo guineense pelo impasse político vigente
no país e que dura há mais de quatro anos, por escolher os atuais dirigentes
políticos.
Porém, aconselhou que, desta vez, o povo
deve estar atento na escolha de um Presidente da República que tenha “cultura
de Estado e da administração pública”.
Ao falar na tarde de segunda-feira na
abertura da sua campanha às presidenciais numa das unidades hoteleiras de
Bissau, Baciro Djá acusou o Presidente José Mário Vaz, candidato independente
que concorre a sua própria sucessão, e o candidato Domingos Simões Pereira
suportado pelo PAIGC, de pretenderem vender a Guiné-Bissau.
O líder do FREPASNA, partido que o
suporta na corrida às presidenciais de 24 de novembro, lamenta o fato
de as divergências políticas, “meramente pessoais entre as duas figuras
políticas” ter reflexos no aparelho do Estado. Por causa disso, alerta que em
caso da vitória de um dos candidatos, neste caso, José Mário Vaz ou Domingos
Simões Pereira, “a guerra vai continuar e a segurança social estará em
causa”.
Djá acusa ainda o candidato do PAIGC e o
antigo candidato nas presidenciais de 2014, Paulo Gomes, de pretenderem
igualmente vender o fosfato de Farim a um país vizinho num valor de quatro
milhões de dólares.
Referiu neste particular que a maior parte
dos políticos guineenses são comerciantes pelo que os seus interesses estão
assentes apenas na obtenção de lucros e tráfico de influência.
Sem dizer como, Baciro Djá garante que,
se for eleito, mudará o rumo da história política do país.
O também candidato nas presidenciais de
2019 lamentou a forma como os problemas da Guiné-Bissau estão a ser resolvidos
“por um conjunto de Estados” e criticou a intervenção da comunidade internacional na
Guiné-Bissau, que diz estar a ser desrespeitada enquanto país independente e
soberano e defende que é urgente um novo comando na presidência da República,
“porque José Mário Vaz é mandrião” e responsabiliza-o pela existência, neste
momento, de dois governos no país.
O candidato do FREPASNA garantiu que se
for eleito, uma das suas apostas será trazer máquinas de cultivo de arroz,
porque a população guineense vive geralmente da agricultura.
Disse que já estabeleceu negociações com um cidadão
americano, que não identificou, com mais de 30 clínicas médicas nos Estados
Unidos da América para vir resolver o problema da saúde da população
guineense.
ANG/O
Democrata
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